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Ideias de programas e compras para quem está na cidade com crianças.

domingo, 9 de agosto de 2009

Memória de elefante

Já tinha observado que os garçons, ou mozos, daqui não anotam os pedidos. Fico sempre me perguntando se eles vão acertar, ainda mais quando pedimos vários e diferentes pratos, trocamos as guarnições ou até mudamos alguma coisa na última hora. E lá vem a comida… Na maioria das vezes, incrivelmente, tudo certo, e entregue para a pessoa certa. A memória de elefante dos garçons argentinos também chamou a atenção de um grupo de neurocirurgiões, que fizeram um estudo com mozos de clássicos bares portenhos, como Tortoni, London City, Británico, La Ideal, entre outros. Durante várias semanas, um grupo de oito médicos entrava nos bares, se sentava e fazia o pedido. Quando os garçons não estavam olhando, os caras trocavam de lugar. O garçom voltava e os investigadores observavam se os coitados cometiam erros ao servir. Quem adotava a estratégia de memorizar o rosto do cliente não tinha problemas. Aqueles que associavam o pedido ao lugar na mesa serviam a pessoa errada. Em uma rodada de pedidos, de nove garçons com anos de experiência, só um errou. Entre voluntários que não eram profissionais, só um acertou. Conclusão do estudo: os garçons utilizam uma técnica mista inédita no campo dos estudos da memória, em que combinam o reconhecimento de alguma característica do cliente com a sua localização na mesa. A essa técnica deram o nome de "método Tortoni", em homenagem a um dos tradicionais bares investigados. Interessante que um dos garçons entrevistados pela matéria do Clarín disse que quanto mais cheio o restaurante, e mais pedidos tinha, mais ele se concentrava e menos errava. Dizem que anotar pedidos é quase uma vergonha para um bom mozo. Mas não se iluda. Tem lugar em que os caras simplesmente fazem uma salada com o seu pedido e o tal método Tortoni passa longe. Afinal, nem todo mundo tem memória boa. Eu, por exemplo, …. do que estávamos falando mesmo???  

4 comentários:

  1. Uma vez eu fui no Tortoni com a minha mãe, minha mulher e minha filha e o garçon trocou as bolas...Não sei se foi no Tortoni, esqueci, mas já aconteceu isso comigo em Buenos Aires também.

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  2. É muito chato quando isso acontece, ainda mais quando tem criança com fome à mesa...

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  3. A locução adjetiva que costumo usar nesses casos não pode ser escrita aqui para não empobrecer o blog. Mas é, em português educado, um material fantástico. Nunca ouvi falar de comportamento semelhante no resto (dos restaurantes) do mundo. Quando formos aí te visitar vamos checar 'in loco'. Beijo
    Chavinho

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  4. Bienvenido ao blog, Chavinho!!! Vamos escolher um ótimo restaurante e torcer para que os garçons tenham uma excelente memória...
    bj

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