Meu GPS é de papel

Não esqueça de levar sempre na bolsa um mapa fácil. Com criança, a gente deve diminuir as chances de se perder e ter que andar umas quadras a mais, o que pode causar muito chororô. “Tô cansado!” ou “Estamos chegando??” são as frases que mais ouvimos quando estamos procurando o nosso destino. Não tenho simpatia pelo GPS. Acho que a gente conhece mais a cidade quando presta total atenção no percurso. E mais, quando tem que pegar um taxi, é mais difícil ser enrolada pelo taxista que insiste em prolongar o caminho por uns pesos a mais. Uma dica pra quem precisa aprender a se mexer sozinha na cidade é, antes de sair de casa, analisar o trajeto no www.mapa.buenosaires.gov.ar. É muito legal porque mostra uma lista com o nome das ruas por onde você vai passar e a distância de carro ou a pé.

Depois, se estiver motorizada, é torcer para todas as ruas estarem liberadas, porque é sempre grande a possibilidade de algum protesto sei lá de quê fechar alguma parte do seu trajeto. Antes de entrar em pânico, recorra ao mapinha. Eu achei o Guia-T confuso pra quem está dirigindo sozinha e se perde, e ainda precisa tomar uma decisão rápida, uma vez que o seu copiloto está no banco de trás amarrado na cadeirinha. Você consegue mapinhas coloridos em hotéis e alguns restaurantes e o Guia T em bancas de jornais. Sabendo os nomes das principais ruas que cortam a cidade e para que lado vão, fica fácil andar por aí. Uma vez chegando em uma delas, você segue feliz a vida toda e chega bem pertinho do seu destino. Agora, quem estiver de carro e não souber nem abrir um mapa ou não tiver saco pra fazer esse estudo cartográfico prévio tem que partir pro GPS de verdade.