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sexta-feira, 3 de julho de 2009

Gripe A: nasce uma fobia

A Red Sanar, a maior ONG na Argentina que presta assistência gratuita em saúde mental, advertiu sobre o nascimento de uma nova fobia: a gripe. As pessoas vão ao extremo com medidas para evitar a doença e se isolam. Quem já tinha misofobia, um medo anormal de germes, sujeira ou contaminação, está pior.  Pudera!

A capa de hoje do La Nacion é: “Ya hay en el país 100.000 contagiados por la gripe A”. Como assim???? Um dia antes das eleições o número oficial era 1600. Tudo bem que sabemos que o número de doentes é bem maior, que nem todos são registrados oficialmente. Mas, peralá! De um dia para o outro o governo de repente resolve considerar e quantificar os outros doentes?! A informação é do médico Juan Manzur, o novo ministro da Saúde que tomou posse na quarta-feira, pedindo para a população não entrar em pânico.

Algumas províncias fecharam espaços de atividades culturais e esportivas, como Santa Fé. Apesar disso, o jogo do Boca contra Colón, nessa província, foi mantido para amanhã. Vai entender! O Judiciário adiantou as férias dos funcionários. Tanto no setor público como no privado, as grávidas terão licença de 15 dias para ficar em casa. Nos cinemas, que aqui têm lugar marcado, dizem que vão deixar uma poltrona entre cada telespectador.

E não está descartada a adoção de medidas mais drásticas nas próximas 72 horas, seja lá o que isso for. Hoje foi o último dia de aula em Buenos Aires. A professora mandou muita coisa para fazer em casa. Além de dever, sugestões para os pequenos que estão começando a se alfabetizar. Tudo tem que ser feito sob a orientação de um adulto. Penso nos pais que trabalham fora, como vão administrar isso.  Dá trabalho. 

Meu desafio agora é encontrar álcool. Com criança, nem sempre se consegue parar para lavar as mãos com água e sabão. No supermercado perto de casa não tinha álcool em gel nem líquido. A farmácia ao lado disse que recebeu uma remessa na semana passada de 200 unidades de álcool em gel. Todas foram vendidas em quatro horas. Enquanto estava na farmácia, entraram duas pessoas, e as duas procuravam pelo álcool. Estou numa lista de espera para um pote de álcool em gel. Eu sou a trigésima. Acho que tenho chances de até o final do dia receber um pote em minha casa. Perguntei pelo Tamiflu, por curiosidade. “Está em falta”, disse a farmacêutica, mesmo assim, “só com receita médica”. A moça do caixa era a única com barbijo, como chamam em espanhol a máscara cirúrgica. Mas o barbijo dela estava no pescoço.  

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