Dicas de Buenos Aires para crianças!

Ideias de programas e compras para quem está na cidade com crianças.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Crianças desestressadas

Yoga, reiki e musicoterapia não são mais coisas só de gente grande. Técnicas como essas ajudariam crianças a aumentar seu bem-estar psicofísico e enfrentar problemas específicos de saúde. A matéria de hoje do suplemento Buena Vida, do Clarín, diz que é possível tratar asma, broncoespasmos e problemas posturais. A musicoterapia, por exemplo, trabalha com patologias motoras, sensoriais e mentais. Essas técnicas também ajudariam a diminuir a ansiedade e a falta de concentração. E mais, as crianças estariam aprendendo a superar o estresse. Eu não sou especialista no assunto, mas acredito que, em alguns casos, o tratamento poderia começar pelos pais. Afinal, quando nós estamos estressados, passamos muita carga para os pequenos, sem nem sentir. Em alguns lugares, há aulas para crianças a partir de três anos. Para quem quiser mais informações sobre essas aulas aqui na Argentina, aí vão alguns links informados pelo Clarín:

-       Fundación Indra Devi: www.fundacion-indra-devi.org

-       Fundación El arte de vivir: www.elartedevivir.org

-       Fundación Brahma Kumaris; www.bkumaris.org.ar

-       María Fux: www.mariafux.com.ar

-       Bioenergética: www.biocreatividad.com.ar

-       Reiki: www.reikisiempre.com.ar

-       Musicoterapia: www.musicoterapiaenlainfancia.com

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Sobre bananas e laranjas…


Em Buenos Aires há muitas verdulerias e fruterias como essa da foto que tirei em Palermo. É uma ótima opção para comprar frutas frescas, como bananas, peras e maçãs, para levar para o passeio, e evitar as grandes e lentas filas dos supermercados. Também nesses lugares é mais fácil encontrar outras frutas e legumes, como o mamão papaia e a mandioca.  Para quem mora aqui, e tem sempre uma listinha pendurada na geladeira, essas quitandinhas são um "mamão" na roda (ups!).

Tardes de leitura em San Telmo

Hoje tem narração de contos para crianças em San Telmo. Será às quatro da tarde na nova sucursal da livraria Fedro, que fica no Centro Cultural Moca, Av. Montes de Oca 169. Depois das férias, em agosto, começa o ciclo Fedro Niños. Sempre no segundo sábado de cada mês, haverá narração de histórias para crianças a partir de quatro anos. O primeiro encontro será no dia 8 de agosto, às 16 horas, no mesmo lugar. A entrada custa sete pesos. Vamos conferir!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

As cantigas de María Elena

Cinco meninos vão à casa de María Elena para descobrir de onde saem tantas ideias. A artista chega e eles são envolvidos na tarefa de ajudar a arrumar seus papéis com histórias, poemas e canções espalhados pelo chão. Enquanto ordenam a bagunça, surgem os relatos e as músicas de María Elena Walsh, com arranjos bem animados. Cantarolamos a Canción de tomar el té, o twist del mono liso e, a minha preferida, Manuelita la tortuga. A premiada peça é uma homenagem à escritora argentina de canções e livros para crianças, muito querida no país. São músicas que se cantavam com a vovó, ultrapassaram gerações e ganharam diferentes intérpretes. María Elena está em cartaz no Teatro San Martin, na Corrientes 1530. É uma peça gostosa, com música, dança e cenário colorido, que me fez lembrar o Tablado de Maria Clara Machado.   

terça-feira, 28 de julho de 2009

Comida de chef para crianças

Outro dia comi um guiso na casa de um amigo argentino que estava uma coisa deliciosa. O guiso seria uma versão portenha do ensopadinho de legumes com carne, e tem suas variações. É bem nutritivo para as crianças e uma boa pedida para o frio. Nesse dia, comi com lentilha e lingüiça também. Fui atrás da receita e me recomendaram dar uma olhada no livro da Narda Lepes. Ela é uma jovem chef bem badalada por aqui. Eu leio sua página na revista do Clarín todo domingo. Tem receitas relativamente fáceis pra quem não domina muito a cozinha. Narda também apresenta um programa  de gastronomia na televisão, e ganhou há pouco tempo um prêmio de melhor livro de cozinha adaptado de um programa de tevê, o Gourmand Cookbook Award.

Passando por uma livraria, comprei seu livro: Comer y pasarla bien, da Editora Planeta. Tem um formato quadrado e pequeno e outro maior. O livro tem fotos coloridas de Eduardo Torres, considerado um dos melhores fotógrafos de comida do mundo. O prefácio é do Alex Atala, e as receitas mostram por onde Narda passou, como a nossa moqueca baiana. Tem também uma sessão com receitas básicas, outras que demandam um pouco mais de tempo e uma sessão sobre comida para crianças. Chamaram a minha atenção o purê de espinafre com milho, que aqui é bem docinho, o creme brulée de batata e pescado, e um flan com banana. Narda dá ainda dicas sobre os alimentos e conta que, no Brasil, as crianças bebem suco de maracujá depois do almoço para os pais dormirem a sesta. Dormir depois do almoço??? Não sei o que é isso não.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Caiu o spring break argentino

Hoje começam as aulas em duas províncias da Argentina: Tucumán e La Rioja. Ao longo da semana, os colégios de outras províncias também abrem as portas para seus alunos. Em Buenos Aires, o calendário foi mantido. As aulas recomeçam na segunda-feira, dia 3, e terminam em 18 de dezembro. O tal recesso da primavera durante uma semana no mês de outubro, que seria uma primeira experiência neste ano, foi cancelado. Precisavam compensar os dias a mais do recesso de julho devido à nova gripe. Ainda não é dessa vez que os argentinos terão um spring break!  

sábado, 25 de julho de 2009

La Nube: um mundo de histórias para crianças

Pense numa biblioteca com mais de 60 mil títulos voltados para crianças. Agora, pense num espaço agradável, com mesinhas e cadeirinhas e também com almofadas no chão para você viajar nas histórias dos livros junto com seus filhos. Assim é a La Nube, que fica na rua Jorge Newbery 3537, em Chacarita.  Os livros estão divididos pelas idades dos leitores. Assim eles podem ir à estante e pegar o que quiserem. Encontramos também preciosidades em português como O Joelho Juvenal, do Ziraldo, e Tuca, Vovó e Guto, da coleção Gato e Rato.

Mas a La Nube é mais que uma biblioteca. Além de livros e revistas, tem videos, jogos e brinquedos lúdicos, marionetes, e um clube do livro para crianças a partir de três anos. Vale ficar de olho porque também tem atividades culturais em português, coordenadas por brasileiras do Projeto Saci-Pererê. Tem narração de contos e jogos típicos do Brasil para manter as crianças que moram fora bem pertinho de suas raízes. Quem nunca gostou de corrida do saco e amarelinha? E de pular elástico?!?!?!  

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Bady e Jackie – o começo de uma história

Bady é uma girafa macho de quatro anos. Jackie é fêmea e tem o dobro da idade de Bady. Ele vive no Zoológico Metropolitano de Santiago do Chile. Ela, no Zoológico de Buenos Aires. Hoje, Bady chegou à capital portenha para se juntar à Jackie. Literalmente atravessou a cordilheira atrás de sua outra metade. Foi uma viagem longa, um dia e meio dentro de um caminhão. As girafas são os animais mais altos do mundo e podem chegar a cinco metros de altura. Vivem cerca de 25 anos. Para o ano que vem, se rolar um clima, esperam que a família de Bady e Jackie aumente e apareça uma nova girafinha no zoo de Buenos Aires.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Museo de los Niños - uma brinquedoteca temática

O Museo de los Niños é, na verdade, uma grande brinquedoteca. A ideia é brincar de ser gente grande: médico, jornalista, radialista, motorista, bancário, atendente de McDonald’s, marinheiro, frentista, peão de obra, caixa de supermercado… Isso para falar nas profissões que mais chamam a atenção. Como toda brinquedoteca, a primeira grande dica é evitar os horários de pico, tipo domingão à tarde. Quando fica muito cheio aquilo vira uma loucura e a criança não consegue brincar direito. Ainda mais quando topa com semelhantes da idade que ainda não sabe o significado das expressões “dividir” e “espere a sua vez”. E para evitar o confronto, você terá que interceder, aí cansa.  

Sugiro ir cedo. Vá conhecendo junto com seu filho cada cantinho. Deixe que ele demonstre curiosidade e pare em algum. Não adianta forçar a barra. São dois andares e tem muita coisa pra ver. Entre no consultório do dentista, que tem um boneco enorme deitado na cadeira que grita e tudo. O supermercado é legal com carrinhos de compras bem pequenos. Todos querem estar no caixa. No estúdio de televisão costuma ter brincadeiras com monitoras. Para os bebês, também há um espaço apropriado. O Museo é indicado para crianças de até 12 anos e fica no andar da praça de alimentação do Abasto Shopping. No mínimo, você gastará uma hora lá dentro, se for andando rápido. Cuidado na hora de ir embora porque do outro lado da praça tem uma brinquedoteca propriamente dita, com roda-gigante e tudo. Não menospreze a energia dos pequenos. Ou você terá que encarar mais brinquedos tudo de novo.   

Foto: Flickr

Um jogaço pra ver de perto

O clássico Brasil e Argentina pelas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2010 será no dia 5 de setembro aqui na Argentina. O impasse gira em torno do campo onde será realizado o jogo. Querem mudar do Monumental de Nuñez, que fica em Buenos Aires, para o estádio de Rosário, cidade da província de Santa Fé, a 300 km da capital argentina. Tudo começou quando Maradona reclamou das condições do campo do River Plate, que sediou um show de rock em maio. O presidente da Associação de Futebol Argentina confirmou hoje que a intenção é de que a partida aconteça em Rosário. Uma pesquisa feita pelo La Nacion mostra que a maioria da galera quer o jogo lá. Eu queria que fosse aqui mais perto. Talvez a torcida verde e amarela in loco em Buenos Aires seria maior. Em agosto, haverá uma nova inspeção do campo de Rosário pela FIFA. Vamos ver…   

Almoço em Las Cañitas

Las Cañitas é um bairro pequeno e super charmoso que fica entre Palermo e Belgrano, perto do Campo Argentino de Polo. Administrativamente, Las Cañitas não existe, mas faz sucesso com suas ruas cheias de restaurantes e bares. À noite, parece que o lugar bomba. Mas à tarde tem um clima bem gostoso. Você pode chegar à rua Baez e procurar um lugar legal para comer. Outro dia fomos almoçar na parrilla El Primo, que fica na esquina com a Arevalo, e aceita cartões. O dia estava lindo, céu azul, sem vento, e o restaurante tinha mesas na calçada. Pedimos bife de lomo com batata frita para os meninos e outro corte de carne com salada de rúcula. Estavam saborosos. Além de uma televisão que passava um jogo de tênis, não tinha nada específico para distrair crianças. Mas a fome era grande e a comida gostosa, e tudo correu muito bem.

A pouquíssimas quadras dali, bem atrás do Hipódromo, tem uma outra regiãozinha mais badalada ainda. La Imprenta tem uma grande opção gastronômica, além de cafés para um lanche gostoso e sorveterias. Na Migueletes 840, fomos ao Las Cabritas mais de uma vez. Um amplo salão e um ambiente bem família para almoços de domingo. Mas tem que chegar antes das duas da tarde, senão fica lotado e tem fila de espera. A toalha da mesa tem um forro de papel e giz de cera para desenhar enquanto a comida não chega. O cardápio é bem variado. Aí tem o tal purê misto, de batata e abóbora, e uma milanesa enorme e sequinha. Para variar do sorvete, tem uma panqueca de doce de leite que é uma coisa. Eles colocam açúcar por cima e imagino que com aquele maçarico do crème brûlée deixam uma crosta fininha caramelada que é uma coisa. Mas tem que pedir pouco açúcar. Ah, aqui o pagamento é sólo en efectivo! Se ainda assim preferir um sorvete, a poucos passos, na esquina da mesma quadra, tem uma sorveteria Persicco

quarta-feira, 22 de julho de 2009

La cuenta, por favor!

Alguns restaurantes de Buenos Aires não aceitam cartão de crédito.  Trabalham somente com dinheiro e não avisam o desavisado. Portanto, sugiro perguntar antes de tocar no pãozinho do couvert. Outros não aceitam nem notas de 100 dólares. Alegam que a nota é facilmente falsificada e eles não querem correr o risco de levar calote. O serviço nunca está incluído na conta. Mas é de bom tom deixar gorjeta, que aqui chamam de propina.

No comércio em geral, é comum olharem a nota contra a luz para ver se é verdadeira. Em lugares mais sofisticados isso não é tão freqüente, ou pelo menos são mais discretos. No começo dá uma certa indignação, mas depois você acostuma. Eles fazem isso com todo mundo, não é só com turista, e geralmente com notas de 100 e 50 pesos. Já que estamos falando disso... Nos taxis, há histórias de motoristas que enrolam o passageiro e trocam a nota. Preste atenção ao entregar o dinheiro para o taxista, porque contam que eles abrem a carteira, dizem que não têm troco, e devolvem a nota. Mas outra nota, falsificada, e o passageiro nem repara. Fique ligada. Seguro morreu de velho, né não?!  

terça-feira, 21 de julho de 2009

O que vamos comer hoje?

Almoçar fora com criança pequena em Buenos Aires pode ser um programa agradável. Acredite. Se o seu filho está na fase da papinha, não tem muito drama. Se já come comidinha, vamos às dicas. Em geral, se não for um restaurante de cardápio muito específico, é fácil encontrar opções de carnes, frangos, massas e peixes. Nos restaurantes típicos de parrilla, o ideal é pedir um bife de lomo, que seria equivalente ao nosso filé mignon. Tapa de cuadril e bife de chorizo seriam a picanha e o contra-filé, que também são muito saborosos, mas podem ser menos macios. Tem ainda a tradicional milanesa, que geralmente é fininha e enorme. Aliás, até os pratos infantis poderiam ser divididos, se seus filhos não comem muito na rua. 

Outras guarnições interessantes, além da batata frita, claro, seriam o purê de batata e o de abóbora. Em alguns lugares, pode pedir purê misto, e vem um do lado do outro. Eu acho simpático. A batata espanhola é a nossa portuguesa. Feijão, nem pensar. Não tem. Arroz branco, também é difícil. Mas acho que com as variações de batatas e o pure de abóbora você consegue boas combinações. Pode ainda pedir uma massinha com salsa de tomate. Penne e fusili são sugestões para os que estão aprendendo a comer sozinhos fazerem uma boa lambança no restaurante. Para beber, suco de laranja - o expremido de naranja - ou os licuados. Volte à nota que escrevi sobre lanchinhos gostosos para saber mais sobre essas bebidas. De sobremesa, helados dos mais variados sabores. Normalmente, servem duas bolas, e você pode pedir para dividir em dois, se for o caso.

A cidade tem opções de restaurante temáticos, ou com espaços infantis para a criança se distrair enquanto a comida não vem. Não gosto muito, porque quando a comida vem, eles querem continuar se distraindo. Mas sempre é possível alternar, e essa é uma dica para um programa diferente. Aos poucos vou falando sobre alguns deles. Dê uma olhada no Guia Óleo, que traz informações sobre preços, tipos de comida, endereços e até diz se o lugar tem juegos para chicos. Cuidado apenas porque alguns fecharam as portas e continuam no guia. É bom dar uma checada básica antes de se aventurar a procurar o local. Esse é o pior momento para se perder. Porque se a fome do pessoal do banco de trás começar a apertar, você pode acabar se estressando e aí o programa deixa de ser agradável.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Para as amigas...

No fim de semana que passou andei lendo, nos raríssimos minutos de ócio que tive, coisas sobre o Dia do Amigo. Foi uma leitura despretensiosa, até porque minhas grandes amigas estão no Brasil e também porque nunca tive o hábito de comemorar esse dia. Então a ideia era escrever hoje sobre comida, ainda mais depois da minha experiência ontem quase fracassada de cozinhar sozinha um feijão preto na panela de pressão. Mas aí eu recebi um e-mail da minha amiga do peito, a Juliana, me desejando um feliz dia. E me tocou. Pensei em como é bom saber que, mesmo longe, sem o contato diário pelo telefone, sem o café no Fran’s da Fnac, e sem os teatrinhos de fim de semana com nossos pequenos juntos, a amizade está ali. Igualzinha. Como sempre esteve. E isso me anima.

A Ohlalá!, uma revista argentina feminina que eu gosto de folhear, traz dicas de pousadas bem bacaninhas para ir com amigas, um programa para quem não tem filhos, ou tem uma ótima babysitter. Tudo bem que eu não teria tempo, no momento, nem para um café na esquina, quanto mais uma viagem de fim de semana. Mas fiquei empolgada com a Posada de la Flor, em Colonia, no Uruguai. É só cruzar de Buquebús, e em uma hora e meia você chega num lugar com uma terraza ideal para charlas profundas mirando el río o las estrellas. Quer coisa melhor, gente?!

Uma outra matéria diz que a amizade entre mulheres é um santo remédio. Eu concordo. Nada melhor que um bom papo sobre tu-do e qual-quer coi-sa para desopilar o fígado e colocar a cabeça de volta no lugar.  Em alguns casos, uma boa amiga, aquela com quem você tem realmente afinidade, pode trazer melhores benefícios para a saúde mental do que um analista. Aqui na Argentina o pessoal troca presentes, almoça fora... realmente comemora o dia, que aliás foi inventado por um argentino, inspirado na chegada do homem à Lua. Tanto que os jornais trouxeram hoje matérias dizendo que a crise, ou a nova gripe - sabe-se lá - diminuiu o número de reservas nos bares e restaurantes. Talvez seja porque neste ano o dia caiu numa segunda-feira. Vai saber… 

Sei que amigos de verdade não precisam de grandes comemorações em dia marcado. Comemoramos quando estamos a fim. Nos divertimos quando estamos bem. E nada como um café e um bom papo pra brindar a amizade.  Fiz questão de parar um minuto e escrever este post, uma homenagem aos bons e velhos amigos que ficaram no Brasil. E também aos novos amigos que encontrei por aqui. Por que não? Feliz Día del Amigo!

domingo, 19 de julho de 2009

Teatros cheios? Ué?!

O fim de semana cinza em Buenos Aires deixou os lugares ao ar livre vazios e encheu os ambientes fechados. Apesar da recomendação dos médicos de manter as crianças longe desses locais, o sábado foi de muito movimento na Avenida Corrientes, a rua dos principais teatros da cidade. Dá uma olhada nos números do Clarín: no Luna Park, uma grande casa de espetáculos, eram 3.000 pessoas por sessão para ver o Disney on Ice, com o espetáculo do Nemo. Tinha gente que comprou as entradas há muito tempo e gastou uns 250 pesos por pessoa para ver o peixe, quando um teatrinho mais básico custa uns 20 pesos. No Gran Rex, o show do Casi Angeles, sucesso entre os adolescentes, tinha mais de 2.000 pessoas e pelo Centro Cultural Recoleta, que está com a mega exposição do Star Wars, passaram mais de 3.000.  Uma pesquisa no site hoje do La Nacion aponta que a maior parte dos argentinos (73%) não pretende sair de férias e que também não diminuiu os cuidados para se prevenir da gripe A. Ué? Sei que céu cinza, frio e crianças ansiosas para passear nas férias deram nisso. Quem fez a festa foram os vendedores de regalitos nas portas dos teatros, que estavam tentando recuperar o prejuízo dos últimos dias.   

Foto: Clarín

Papinhas portenhas

Falando em papinhas, lembrei daquela comédia Presente de Grego (Baby Boom), de 1987, com Diane Keaton, que eu vi algumas vezes na sessão da tarde. Bons tempos! O filme conta a história de uma executiva que larga o ritmo frenético pra cuidar de uma criança que caiu de paraquedas na sua vida depois que uma prima distante foi pro andar de cima. Ela se muda para uma casa de campo em Vermont. Depois de algumas dificuldades para se adaptar à nova realidade, a personagem de Diane Keaton resolve ganhar dinheiro vendendo comidas para bebês, que ela mesma fazia com ingredientes frescos para a criança que adotou. Lançou a linha Gourmet Baby Food, que foi um boom.

Aqui na Argentina tem uma mãe que, preocupada em oferecer uma alimentação fresca, natural e orgânica para os filhos, lançou a NutriBaby. A empresa produz papinhas orgânicas para bebês de seis a 18 meses, de vegetais e frutas. Detalhe: as bananas são produzidas no Brasil em fazendas certificadas. Para desenvolver as papinhas, aprovadas pela Fundação Sociedade Argentina de Pediatria, ela fez uma extensa pesquisa na Europa e nos Estados Unidos sobre receitas orgânicas e últimas tendências na área de embalagens. Essas papinhas são encontradas em supermercados e algumas farmácias.

sábado, 18 de julho de 2009

A volta das papinhas

Quando cheguei a Buenos Aires em fevereiro deste ano, não encontrava papinha Nestlé em lugar nenhum. Eu li em alguns blogs de mães brasileiras que visitavam a cidade que era difícil encontrar por aqui. Para quem é adepta das papinhas em viagens, aí vai: as papinhas voltaram para as gôndolas dos mercados de todo o país em abril deste ano, segundo me informou a assessoria da Nestlé daqui da Argentina. Realmente encontrei há pouco tempo em alguns mercados perto de casa.

Preste atenção porque o rótulo é um pouco diferente. Tem a carinha do bebê no lugar do bichinho azul que tem aí no Brasil. É o bebê dos produtos Gerber, empresa comprada pela Nestlé em 2007 por 5,5 bilhões de dólares. Veja aqui os sabores disponíveis na Argentina. Quando procurar por papinhas, não adianta lançar um portunhol, que dificilmente vão entender. Peça por colados ou alimentos infantiles

La Nacion de los chicos

Ao abrir hoje de manhã o La Nacion descobri um blog que nasceu quase junto com o Buenos Aires para Niños chamado Cosa de Chicos, un blog para padres y madres modernos. Dei uma olhada e é bem legal. Tem dicas inclusive para pais com bebezinhos, fase da qual estou começando a me distanciar. Há também umas receitinhas que parecem bem gostosas para fazer com os pequenos, como o budín de banana. E mais sugestões de blogs com coisas sobre crianças. Tudo em espanhol, claro!

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Começam as férias. Que férias?

Na próxima segunda-feira começam oficialmente as férias escolares de inverno na Argentina. Até agora essas duas semanas foram de suspensão de classes para que as pessoas ficassem em casa e evitassem a propagação da nova gripe. As crianças levaram para casa material escolar para fazer com a orientação dos pais. Em algumas escolas, as professoras deixaram e-mail para se comunicar com os alunos e tirarem dúvidas. Na minha casa, não tivemos problemas para colorir, recortar e ligar os pontos. Mas uma amiga penou um pouco para orientar a filha a fazer exercícios de música, dividir tempos e outras coisas que pareciam grego para ela… e para mim também, que só sei o dó-ré-mi-fá. Ainda bem que o marido dela tinha feito aula de violão e conseguiu avançar nas lições da menina. A moça do caixa do supermercado não teve a mesma sorte. Ela disse que não conseguiu ajudar em nada o filho. Nem ela nem o garoto entenderam o que foi para ser feito em casa. E ela não tinha nenhum contato da docente para tirar dúvidas.  

Apesar do início das férias no calendário, os cuidados devem continuar sendo os mesmos com relação à doença. Os teatros privados reabriram hoje as portas depois de 10 dias fechados. Começou a temporada de sessões diárias das férias de inverno. Mas os especialistas seguem recomendando que as crianças evitem lugares fechados com muita gente. Dizem que os pequenos transmitem o vírus com mais facilidade, porque mantêm contato mais próximo uns dos outros. Então, nada de cinema ou de teatro nos próximos dias. Brinquedoteca de shopping, nem pensar. Mas temos que tomar um arzinho, porque ninguém agüenta. Mesmo com todos os cuidados e a clausura, ainda tem pequeno que acaba pegando vírus ou bactéria, que jamais saberemos o que foi na verdade, e deixando toda a família em alerta e com o coração apertado. 

terça-feira, 14 de julho de 2009

O must dos outlets em Palermo Queen

Um endereço tradicional de outlets é a Avenida Córdoba. São mais de dez quadras de lojas e nos fins de semana tem muito movimento. Se vc procura coisas pros pequenos, vá direto à altura do número 4800. Lá vc encontra a Cheeky na esquina, no 4801. Saiba que nem tudo ali é de coleção passada ou tem algum defeitinho, características de outlets em geral. Também há peças de coleções atuais pelo preço normal. Então quando bater o olho em alguma coisa legal, pergunte de que coleção é.  As coisas de outlets costumam ficar em cestas. As peças de coleções atuais podem ser trocadas em qualquer outra loja. 
Um pouco mais adiante tem uma grande loja da Mimo&Co. Algumas coisas parecem realmente um grande negócio. Tem ainda outras lojas de roupas, sapatos e produtos para crianças na mesma quadra, como a Creciendo - Mega Baby Store que, apesar do nome, nem sempre é mega.

Agora, atenção: se vc andar um pouco mais, chegará a um endereço que vale a pena visitar. Da Córdoba, entre na Gurruchaga e ande uns 600 metros até chegar na esquina com Aguirre. Pronto, vc chegou em Villa Crespo, rebatizada de Palermo Queen, com uma quadra de outlets de primeiras marcas. É o seu momentinho. O ideal é deixar as crianças com alguém para dar uma olhada com calma.
Uma das pioneiras da zona, na Aguirre 875, reúne Lacoste  (agora aí está a Paula Cahen d'Anvers. A Lacoste foi para a rua ao lado) com uma arara de camisas infantis, Armani Exchange e Paula Cahen d’Anvers. Uma loja antes, na Aguirre 865, tem Cacharel, com blazers em conta. Do outro lado da rua, tem um outlet da Caro Cuore, da Hush Puppies e da Portsaid, com fantásticos abrigos de coleções passadas, mas também com peças de novas coleções. Cruzando a Gurruchaga, a Viamo e a Sofi Martiré, ambas de sapatos. Não deixe de dar uma olhada na Prüne, na Gurruchaga 867, com bolsas e jaquetas de couro. Por ali tem ainda Christian Lacroix-Yves Saint-Laurent, Desiderata, Akiabara, Columbia, Puma e outro outlet da Cheeky, também com coleções atuais e antigas. Exclusivo para eles, Bowen, New Man e Legacy, com roupa urbana e casual. 
Não esqueça que em outlets vc corre o risco de não encontrar o tamanho que procura. Mas aí o lance é continuar fuçando…    

segunda-feira, 13 de julho de 2009

E a bola vai rolar!

São muitos os campos de futebol em Buenos Aires onde meninos aprendem a tratar a bola com carinho e a dar os primeiros dribles. No bairro de Palermo tem a escolinha do Marangoni, ex-craque do Boca que ganhou fama formando craques do futuro. Essa escolinha fica no Parque Las Heras e qualquer um pode passar e dar uma olhada. São várias quadras no fim do parque e os professores são bem empolgados. E ainda tem turmas para crianças a partir de dois anos, o que é difícil encontrar por aí.

Pelo figurino da garotada dá para saber quem é o ídolo do momento. Muitos usam camisas do Barcelona com o nome do Messi nas costas. Interessante é que nem sempre se vê a camisa da seleção deles. Os argentininhos parecem curtir mesmo é a camisa do clube. Mas no mundo globalizado desses pirralhos cabe muito mais do que Boca Juniors e River Plate. É bastante comum encontrar pequenos vestindo uniformes do Independiente, do Racing, do Huracán e de outras glórias do passado. E eles também vestem camisas do Manchester, do Atlético de Madri e do Milan, ainda com o nome do nosso Kaká.

Perdidos en Argentina – um livro para jogar

Um livro que está em destaque nas livrarias é Perdidos en Argentina – para jugar y conocer, da V&R Editorias, indicado para pequenos a partir de quatro anos. A ilustração é do designer gráfico e fotógrafo Alexiev Gandman, ganhador do prêmio Luchemos por la Vida em 2001. São 80 páginas coloridas das principais cidades argentinas e jogos como caça-palavras e outros passatempos. Para quem está de passagem por Buenos Aires, vale a pena comprar e levar de lembrança ou até folhear no avião. Quem está com tempo, a dica é não comprar logo, mas folheá-lo toda vez que for à livraria e desvendá-lo aos poucos. Como a história não tem começo, meio e fim, dá para parar no meio e continuar numa outra ida à loja. É um bom motivo para novas visitas à livraria. Este é o primeiro volume da coleção do autor, que também desenhou Perdidos en México e Perdidos en las ruinas.  

sábado, 11 de julho de 2009

El Ateneo Junior – o teatro dos livros

Uma das livrarias mais conhecidas de Buenos Aires é a El Ateneo. Vale muito a pena levar as crianças na filial da Avenida Santa Fé, 1860. A livraria fica num antigo teatro do início do século 20, chamado Grand Splendid. No espaço central, onde ficava a plateia, estão as estantes com livros. Olhe para cima e mostre a pintura do teto e viaje com seu filho sobre como conseguiram pintar lá encima. Mostre os andares de cima, que também estão cheios de livros e os camarotes, com pessoas lendo livros sentadas nas poltronas. Descendo uma escada rolante, tem um espaço só para livros infantis, o Ateneo Junior. Ali você fica um pouco mais a vontade com as crianças para explorar as novidades. Uma dica para sair de lá sem choradeira é deixar o lanche para depois dos livros. Tem um café no lugar do palco. Enquanto toma o seu expresso, peça para os pequenos um submarino – leite quente com uma barra de chocolate – e uma medialuna. Reparem na grande cortina vermelha, conte que estão lanchando num palco de verdade, olhem para cima e vejam o backstage e não esqueça de dar uma olhada no quadro de luz que fica à esquerda. Tem que curtir os detalhes e, com certeza, será um programa inesquecível. 

Foto: sitemarca Flickr.com

quarta-feira, 8 de julho de 2009

A jornada pelo feijão preto!

Já que falamos do arroz, vamos falar do feijão. Apesar de ser carioca, e de ter tido o hábito de comer feijão preto desde sempre, cheguei a apresentar vários outros tipos de grãos no cardápio infantil da minha casa. Mas o feijão preto caiu no gosto dos pequenos. O que eu posso fazer? Deve ser hereditária essa coisa de gosto! E para manter o hábito do arroz com feijão preto em Buenos Aires, tenho que fazer um certo planejamento estratégico. Não é sempre que se encontra porotos negros no supermercado. Por isso sou obrigada a intercalar com feijão branco, de soja, e até lentilha, que são mais comuns por aqui. A dica é, sempre que for ao super, dê uma passada na prateleira do feijão. Se encontrar o feijão preto, leve pra casa uns saquinhos e vá monitorando seu estoque. Diversifique as visitas e vá a diferentes mercados. A marca que encontrei é Egran, que vem em saquinhos de meio quilo. Também é possível encontrar feijão preto em um mercadinho do Bairro Chinês, na rua Arribeños, que fica em Belgrano. Mas lá é vendido a granel. Outro dia fui dar uma volta no Paseo Alcorta, e resolvi dar um pulinho no Carrefour do shopping só para ver se tinha sorte. Foi assim: saí de casa pra tomar um café e voltei com quatro quilos de feijão preto... feliz da vida!  

Arroz soltinho!


Um dos desafios de morar fora com crianças é manter, na medida do possível, os hábitos alimentares. E aí, no início, vc fica um pouco perdida, tem que experimentar marcas diferentes e o resultado não sai sempre como se espera. Aconteceu isso com o arroz. Depois de alguns dias comendo praticamente sushi, de tão grudado que saía o arroz, recebi a dica de um brasileiro para comprar o arroz da marca Gallo, da caixinha amarela, que está aí na foto à esquerda e diz No se pasa ni se pega. Foi batata! É só seguir a receita tradicional do arroz e ele sai soltinho sem nenhum sacrifício. As outras cores são de outros tipos de arroz, como o marrom, que é do integral. Tem ainda a embalagem vermelha, que diz que é bom para receitas cremosas. Deixe esse para o arroz doce, quando quiser matar a saudade. Bom apetite!  

terça-feira, 7 de julho de 2009

Te entendo, Gaturro!



O Gaturro é do cartunista argentino Nik e é um sucesso na Argentina. Está em todas. Cadernos, livros, estojos... Suas tiras são publicadas desde 1996 no La Nacion. No Brasil, é publicado pela editora V&R.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Buenos Aires ficará 10 dias sem teatro!

Tá pensando que é brincadeira? A Associação Argentina de Empresários Teatrais (Aadet) decidiu hoje suspender a atividade teatral no país durante 10 dias por causa da propagação do virus da gripe A. Quem já comprou ingressos, segundo a Aadet, pode pedir o dinheiro de volta ou trocar o ingresso. O cinema também adiará algumas estreias, como Hannah Montana, la película e Papá por un día.

Tava demorando. Espera-se agora que os teatros oficiais cumpram a decisão. Olha quanta coisa está (ou estava, nem sei mais) programada para julho: os Backyardigans, uma das séries mais populares do Discovery Kids, estava com o espetáculo “Escape de la Aldea Mágica”, no teatro Metropolitan; Doki ao vivo, aquele cachorrinho que aparece nos intervalos do Discovery com informações didáticas tipo "o leite vem da vaca", com estreia prevista para dia 11 no Broadway; Pucca, a menina veloz e poderosa do canal Jetix, que também começaria no dia 11 no El Nacional; e Ben-10, o menino protagonista do Cartoon Network, estava com a peça “La Batalla por Omnitrix”, no Lola Membrives. Isso só pra falar nas superproduções. Tem ainda o show “Buscando a Nemo” da Disney on Ice, previsto para estrear no dia 17 no Luna Park. Algumas peças vão oferecer sessões todos os dias das férias, que, na realidade, são as duas últimas semanas do mês. Acho que ainda dará tempo, né?!

“Esperamos que todos podamos recuperar la sensatez y la calma para que el publico pueda volver a disfrutar de las obras”, disse o presidente da Aadet, Carlos Rottemberg, numa coletiva, segundo a Infobae. Ou seja, não é porque a propagação da doença aumentou, mas porque o público diminuiu.

É por aí mesmo. Tem que esperar baixar a bola da galera. Não adianta aterrorizar com uma série de recomendações mandando todo mundo ficar em casa e continuar com essa oferta de eventos num momento como esse, deixando as mães entre a cruz e a espada. Levar os filhos e lidar com a culpa de expor as crianças ou não levar e deixar passar uma bela oportunidade de diversão?

Ideias para não enlouquecer nas férias!

Começou hoje oficialmente o recesso escolar forçado em Buenos Aires por causa do avanço da gripe A no país. Na minha casa começou na semana passada, logo depois das eleições. E estava relativamente fácil administrar o ócio dos pequenos. Com dias lindos de sol, céu azul e sem vento, tínhamos parques, praças e clube. Mas hoje, para colocar à prova ainda mais a minha resistência, vieram a chuva e o céu cinza.

Resolvi ler uma mensagem que me chegou há uns dias com um texto assinado pela psicóloga Adriana Penerini, especialista em Maternidade, Paternidade e Criança, autora do livro La aventura de ser mamá, e coordenadora das atividades de Bebé a Bordo (www.bebeabordo.com.ar).

Adriana oferece boas sugestões para combater o ócio das crianças dentro de casa. Divido algumas delas aqui, com breves observações minhas, apenas para incrementar um pouco a lista de opções:

  • Cozinhar em casa: recuperar receitas familiares, ler sobre os alimentos, mostrar que as pizzas não saem das motos,… (Eu já sou um fracasso na cozinha quando estou sozinha, imagina com criança junto!!! Adaptei a ideia e coloquei todos quietinhos sentados à mesa e desenhando, enquanto eu desafiava uma smashed potato, minha variação para a batata cozida que desmanchou. Achei mais seguro para todos!!!)
  • Comprar em feiras do bairro: aumenta o vocabulário das crianças quando escutam a gente fazendo o pedido ao feirante (uma ótima dica para dias sem chuva, o que não é o caso de hoje. Mas ficará registrado para depois).  
  • Reservar um tempo para ler juntos: desligue tv e rádio, coloque vários livros sobre a mesa e peça para as crianças escolherem um. Depois converse sobre essa escolha. (A-do-rei! Fácil de fazer e as crianças adoram. Prepare-se para ler a história depois).
  • Ver fotos: ordenar as fotos. (Dá certo quando não há nenhum pequeno amassador de fotos. Relembrar histórias com fotos no computador pode ser legal também. A intenção aqui deve ser interagir e relembrar bons momentos, não?!)
  • Escrever: vale de tudo até lista de supermercado e cartas para amigos. (Muito bom! Pra quem está aprendendo a escrever é um ótimo treino!)
  • Fazer uma horta própria: na varanda. (É uma boa ideia. Mas tem que comprar as sementes. Requer um preparo. Inviável para hoje. Fica pra depois).
  • Reciclar: pintura, gesso,…(Eu gosto de usar garrafas de água vazias. Viram jogo de boliche ou, quando amarradas, mesinha para as bonecas. Tem sempre mais garrafa chegando!).
Ai, por falar em garrafa, acabo de me dar conta de que a água está acabando!!!

domingo, 5 de julho de 2009

Pepsi ou Pecsi?


Dizem que um terço dos argentinos fala Pecsi e não Pepsi ao se referir ao refrigerante concorrente da Coca-Cola ( e não Cueca-Cuela, como muitos brasileiros arriscam por aqui). Faz sentido. Outro dia pedi um expresso e me trouxeram um exprite, ou melhor, um Sprite. Expliquei que havia sido um erro de pronúncia e fui na lata: "um café!". Consegui tomar meu expresso sem problema.

Acho muito legal essa coisa de rir de si mesmo, faz as coisas ficarem leves. A agência de publicidade BBDO criou para o público argentino uma campanha para a Pecsi, ou para a Pepsi. Para mim, a parte do médico é fantástica! Olha o link aí: 

sábado, 4 de julho de 2009

Bela sacada de Gisele!

Êta, coisa boa! Só mesmo minha colega e amiga Gisele pra me tirar do meu mundinho de gripe A, mamadeiras e chupetas. Ela me ligou para lembrar que em cinco minutos conversaria numa rádio daqui sobre a visão de uma brasileira vivendo na Argentina. Para tudo, pega o rádio das crianças e tenta sintonizar na 100,7. Depois, a dinossaura aqui lembrou que podia ouvir na Internet mesmo. Em casa, a audiência bombou. Enquanto esperávamos por Gisele, ouvimos Lança Perfume, com Rita Lee, Maria Bethânia, a artista da semana, acompanhada só pelo piano. E também a pergunta que valia um CD da Mart’nália: quem era o autor da canção Menino do Rio? 

Letra A - Martinho da Vila; Letra B - Caetano Veloso; Letra C - Paulinho Moska. Na semana passada, o prêmio era um CD de Zeca Baleiro. Assim conheci o programa Club Brasil, na rádio Blue FM. Adorei!

Gisele falou de seu blog Aquí me quedo, que eu acompanho e adoro. Ela tem uma ótima mirada da vida aqui, faz comentários espirituosos e mostra belas fotos, muitas de sua própria autoria. E inovou com a publicação de textos em português e em espanhol. Gisele também escreve Cartas de Buenos Aires no blog do Noblat.

PS: Quem marcou a letra B, claro, acertou.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Gripe A: nasce uma fobia

A Red Sanar, a maior ONG na Argentina que presta assistência gratuita em saúde mental, advertiu sobre o nascimento de uma nova fobia: a gripe. As pessoas vão ao extremo com medidas para evitar a doença e se isolam. Quem já tinha misofobia, um medo anormal de germes, sujeira ou contaminação, está pior.  Pudera!

A capa de hoje do La Nacion é: “Ya hay en el país 100.000 contagiados por la gripe A”. Como assim???? Um dia antes das eleições o número oficial era 1600. Tudo bem que sabemos que o número de doentes é bem maior, que nem todos são registrados oficialmente. Mas, peralá! De um dia para o outro o governo de repente resolve considerar e quantificar os outros doentes?! A informação é do médico Juan Manzur, o novo ministro da Saúde que tomou posse na quarta-feira, pedindo para a população não entrar em pânico.

Algumas províncias fecharam espaços de atividades culturais e esportivas, como Santa Fé. Apesar disso, o jogo do Boca contra Colón, nessa província, foi mantido para amanhã. Vai entender! O Judiciário adiantou as férias dos funcionários. Tanto no setor público como no privado, as grávidas terão licença de 15 dias para ficar em casa. Nos cinemas, que aqui têm lugar marcado, dizem que vão deixar uma poltrona entre cada telespectador.

E não está descartada a adoção de medidas mais drásticas nas próximas 72 horas, seja lá o que isso for. Hoje foi o último dia de aula em Buenos Aires. A professora mandou muita coisa para fazer em casa. Além de dever, sugestões para os pequenos que estão começando a se alfabetizar. Tudo tem que ser feito sob a orientação de um adulto. Penso nos pais que trabalham fora, como vão administrar isso.  Dá trabalho. 

Meu desafio agora é encontrar álcool. Com criança, nem sempre se consegue parar para lavar as mãos com água e sabão. No supermercado perto de casa não tinha álcool em gel nem líquido. A farmácia ao lado disse que recebeu uma remessa na semana passada de 200 unidades de álcool em gel. Todas foram vendidas em quatro horas. Enquanto estava na farmácia, entraram duas pessoas, e as duas procuravam pelo álcool. Estou numa lista de espera para um pote de álcool em gel. Eu sou a trigésima. Acho que tenho chances de até o final do dia receber um pote em minha casa. Perguntei pelo Tamiflu, por curiosidade. “Está em falta”, disse a farmacêutica, mesmo assim, “só com receita médica”. A moça do caixa era a única com barbijo, como chamam em espanhol a máscara cirúrgica. Mas o barbijo dela estava no pescoço.  

Jardín Japonés - programinha zen!


O Jardín Japonés é uma opção muito agradável de programa ao ar livre com as crianças em dia de céu azul. O lugar é super tranquilo e os meninos caminham um pouco sem nem sentir. Tem umas pontes vermelhas que atravessam um lago de cheio de carpas grandes.  Um quiosque logo na entrada vende coisinhas pra um lanche rápido e saquinhos a três pesos com comida para os peixes, que se “acotovelam” abrindo a boca. Vale super a pena comprar a comidinha pros peixes. O programa fica com outra cara. Ah, tem também uns patinhos e um gato para completar a festa. É possível levar carrinho de bebê. Tem um caminho ótimo para andar com o carrinho e bancos para a gente se sentar enquanto o pequenino toma um sol. O Jardín Japonés, mantido pela Fundación Cultural Argentino Japonesa, fica em Palermo, e abre todos os dias de 10h às 18h.   

Foto: Buenos Aires para Niños

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Cancelaram a feira do livro infantil

A 20a Feira do Livro Infantil e Juvenil de Buenos Aires, sobre a qual escrevi um post, foi cancelada por causa do avanço da gripe A no país. Até o momento, os espetáculos públicos não foram proibidos, mas as autoridades recomendam que se evite lugares com grande concentração de pessoas. A municipalidade de La Plata suspendeu até o dia 3 de agosto as atividades recreativas, culturais e esportivas programadas em lugares públicos municipais, o que inclui até o zoológico da cidade. 

Qué te pasa, Buenos Aires?

As férias escolares em Buenos Aires foram antecipadas do dia 17 para o próximo dia 6 por causa do avanço da nova gripe no país. Na cidade, foi declarada emergência sanitária. Hoje o La Nacion traz um quadro com perguntas e respostas sobre a doença. Uma das recomendações das autoridades é o isolamento domiciliar, tanto para doentes como para pessoas que estão bem de saúde. Agora alguém me explica o que a gente faz com as crianças saudáveis durante um mês dentro de casa??? Outra matéria diz que empresários e economistas acreditam que a nova gripe poderá piorar ainda mais a economia por causa do “efeito medo”, que eu conheço muito bem. Restaurantes, cinemas, teatros, shoppings e até supermercados terão o desempenho afetado. O turismo é o setor que certamente sofrerá mais com a gripe em julho. A Associação Argentina de Agências de Viagens e Turismo diz que os estrangeiros estão vindo a conta-gotas.

Nas missas, sacerdotes foram orientados a suspender a saudação de paz e a dar a comunhão na mão e não na boca. Sugerem ainda que os fiéis mantenham uma certa distância uns dos outros nos bancos. A agenda esportiva também deverá ser alterada nos próximos dias. Supermercados avaliam restringir a entrada de pessoas nas horas de pico. Cinemas e teatros é que afirmam que manterão a programação, pelo menos enquanto o governo não proibir, o que parece que não vai acontecer. O governo diz que não pode cercear a liberdade das pessoas. Pede que todos tenham bom senso. Quem está doente não deve frenquentar lugares com grande concentração de pessoas e coisa e tal.

Os médicos também dizem para levar uma vida normal, na medida do possível, e usar o bom senso. Eu realmente não sei muito bem o que isso significa. Você há de convir que o bom senso de uma mãe fica um pouco avariado numa hora dessas. Está difícil achar álcool em gel nas farmácias e o meu está acabando. É que sou daquelas velhas adeptas do álcool em gel na bolsa. O tal Tamiflu passará a ser vendido exclusivamente sob receita. Amigos querem saber como está a vida aqui. Alguns pedem conselhos sobre se devem vir. As informações estão aí. Cabe a cada um tomar a sua própria decisão e avaliar se vale o risco.

Por aqui, lavamos as mãos assim que chegamos da rua, e muitas outras vezes ao dia. As visitas são instadas a fazer o mesmo. Na rua, as pessoas continuam levando a vida… espirrando e tossindo. A diferença são os olhares que se fixam no infeliz. Outro dia segurei um espirro até sair do supermercado. As pessoas estão constrangidas de espirrar e tossir. Vamos combinar também que tapar a boca com a mão é quase um reflexo. Mas recomendam usar o cotovelo. Outro dia fiz isso no carro e não deu muito certo. Temos que mudar todo um hábito de tudo. Tá esquisito.

Ah, mais uma informação: a previsão é de que a doença chegue ao pico nas próximas semanas. 

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